EDIFICANDO UM LAR NO TEMOR DO SENHOR

quinta-feira, 23 de junho de 2011

PONTO PRETO

Certa feita, um professor pegou uma folha branca, de uma brancura impecável e com um lápis preto fez um ponto bem assinalado em seu meio. Chegou então para os alunos de sua classe e perguntou-lhes:  O que é que vocês estão vendo? A resposta foi quase unânime: um ponto preto. Sim, todos notaram aquele ponto preto assinalado, mas nenhum deles reparou na coisa maior que era a folha toda branca. Sim, a nossa imperfeição faz nos ver apenas as coisas ruins que os outros nos fizeram, esquecendo por completo as vezes o contexto maior, que é, o bem que nos fizeram em muito maior medida que o mau.  Não chegamos nem a lhes dar o desconto do beneplácito instituto da dúvida, para tentar entender as razões do que está por trás daquele ato mau. Mesmo que o erro tenha sido intencional, será que queremos saber, o por que de tal atitude? O que levou alguém, que tinha um modo de viver até certo ponto correto, a agir assim? Haviamos feito algo que pudesse acarretar tal comportamento? Somos extremamente implacáveis  no nosso julgamento, como se fôssemos perfeitos e não errássemos nunca. Devemos nos lembrar, que todos, todo somos réus e teremos nossos  atos julgados por alguém Superior e não gostariamos de enfrentar um julgamento rigoroso demais ou exigente demais. Da mesma forma que julgais sereis julgados. Voltando ao assunto do êrro se comprovada nossa culpa,  temos de assumi-la  e tentar consertar ou minimizar seja uma atitude impensada, feita num momento de falta de equilibrio,  ou um ato errado em si mesmo. Não queremos com isto justificar um erro feito,  mas compensar os seus efeitos danosos. Se mesmo assim, nada surte resultado, se é um esforço em vão, tentar explicar aquele teu ato ruim, que você proprio reconhece como indigno, os benefícios que você fez ao longo de anos, foi realmente em vão, só restando aquela cicatriz, tal como uma marca, feita a ferro e fogo. A vida é assim mesmo, temos de conviver com as nossas imperfeições que não são poucas e das outras pessoas. Somos como vários porcos espinhos que são mantidos presos em um compartimento bem pequeno e apertado. Por mais que não queiramos,  vamos ferir e ser feridos uns pelos outros. A lição que podemos tirar disto tudo é: Temos de ter a grandeza de quando errarmos assumir-mos o  êrro e tentar minimizar os seus efeitos e não apenas arranjar uma desculpa para estes. Não podemos esperar que a parte magoada de pronto aceite as nossas desculpas e tudo bem. Desculpas não curam feridas.  Só o tempo tem este poder de cura, anulando e suavizando os efeitos de uma mágoa. Também ele, o tempo,  demonstrará o que foram no geral as nossas ações: se totalmentes ruins ou apenas alguns atos isolados,  naturais de seres humanos imperfeitos. Mas que não fiquemos o tempo todo absortos nos pequenos detalhes ou falhas, como quem fica bisbilhotando com uma lupa, a procura de pequenas imperfeições, mas que olhemos o conjunto de obras de alguém para que o julgamento seja verdadeiramente justo. Um dia, com certeza teremos a plena compreensão de coisas que hoje são difíceis de entender e aceitar, que este dia chegue logo, para que a paz volte a reinar.         

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