EDIFICANDO UM LAR NO TEMOR DO SENHOR

segunda-feira, 27 de junho de 2011

É POSSÍVEL SER FELIZ NO CASAMENTO?



Para início de conversa, é evidente que ninguém em sã consciência se casa para ser infeliz. O objetivo de todos os que se dispõem a dividir a vida com alguém é, de fato, a boa ventura, a felicidade, tanto na escolha da pessoa com quem dividir a vida quanto na condição da vida. Entretanto, também é fato que, apesar de a felicidade ser o grande objetivo de todos na vida conjugal, é muito comum a infelicidade. Há muitos casais para os quais a vida se tornou uma grande tragédia e, em lugar da harmonia e do afeto, o que resta é amargor, intolerância e rancor. Isso é tão comum que muitos já não acreditam mais mo casamento. A partir disso são criados provérbios hostis à vida conjugal, como, por exemplo, “se casamento fosse bom não haveria necessidade de testemunhas”.
O que será que houve? Por que, apesar de todos buscarem a felicidade no casamento, há tantos casamentos tão infelizes? Acho que a resposta para isso envolve, entre outras coisas, dois aspectos importantes. O primeiro é o conceito de felicidade. A rigor, ser feliz é estar suprido de todas as carências e necessidade, sejam elas afetivas, emocionais, espirituais e materiais. Nesse sentido não há ninguém que possa dizer que seja de fato feliz, uma vez que não é possível a ninguém ser suprido de todas as suas carências e necessidades. Muitos casamentos são infelizes porque os cônjuges buscam no outro um meio pelo qual possam se ver supridos de todas as carências. Uns são infelizes por não se verem supridos e outros por não conseguirem suprir todas as carências expostas do cônjuge.
O que é fundamental nesse caso é uma visão realista a respeito de si mesmo e do outro. Não busque a felicidade no casamento que envolva o suprimento de todas as carências tanto de si mesmo quanto do seu cônjuge, mas a felicidade que envolve ocontentamento. O outro pode não ser e nem suprir tudo o que você gostaria, mas é a pessoa que aceitou, por um sentimento de afeto profundo, dividir a vida com você. Há falhas, há fraquezas, há defeitos, mas é a pessoa que escolheu te amar e unir a vida a sua vida. Quando o contentamento ocorrer, então seremos capazes de viver com o outro apesar do que há nele que não se enquadra no que entendemos como ideal, e isso promoverá crescimento e aperfeiçoamento, até porque ninguém se dispõe a ser melhor para quem lhe é hostil, que não lhe respeita, que lhe é intolerante. Portanto, não busque a felicidade que exige do outro ou de si mesmo mais do que possa dar. Ninguém o suprirá de todas as carências e você não suprirá todas as carências de ninguém. Busque a felicidade que envolve contentamento. Esteja contente com a pessoa que Deus lhe deu.
E o segundo aspecto que envolve a resposta à pergunta a respeito dos porquês de tanta infelicidade na vida conjugal tem a ver com a disposição de se pagar o preço para que o casamento valha a pena. Cecil Osbone (A Arte de Aprender Amar-se a Si Mesmo), conta uma história em que um rei pediu aos sábios do seu reino para que definissem a sabedoria. Encurtanto a história a síntese de sabedoria que agradou ao rei foi: “Não há almoço grátis”. O que os sábios pretenderam dizer foi que “tudo tem um preço.” Não há almoço grátis, não há sucesso grátis, não há felicidade no casamento grátis. O problema é que nem todos estão dispostos a pagar o preço exigido. O preço do cuidado do outro, da dedicação, da lealdade; o preço do desenvolvimento do afeto e do amor; o preço de se gastar mais tempo juntos, de se dizer palavras de amor, de fazer o outro se sentir amado, respeitado, valorizado; o preço de abrir mão, de não prevalecer sobre o outro; o preço de pegar na mão ou dar um abraço; o preço de dar flores. Queremos os melhores pratos, mas nem sempre estamos dispostos a pagar o preço.
Se é possível ser feliz no casamento? Não há dúvidas de que é. Mas isso envolve contentamento e a disposição de se pagar o preço exigido e necessário. A estrada é longa e exige um passo a cada dia, mas vale apena. Como diz a Palavra de Deus: “É melhor serem dois do que um, pois quando cair (se estiver sozinho) não terá quem o levante.
Seja feliz com a pessoa maravilhosa que Deus te deu.
Pr. Jease Costa

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