EDIFICANDO UM LAR NO TEMOR DO SENHOR

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ser feliz!!

Dicas para sempre viver de bem com a vida e ser feliz
Assim como as coisas boas acontecem as más também ocorrem, porém se você se prender no que não lhe agrada, a cada dia mais você irá sofrer, ser uma pessoa amargurada, e não ter motivos para sorrir e ser feliz.
Pessoas pessimistas, por exemplo, que se dizem ser apenas realistas, jamais encontrará motivos para viver de bem com a vida, pois ao invés de pensar positivo e encarar a vida pelo lado bom, sempre procuram algo de ruim na situação, algo que não poderá deixar tudo sair perfeitamente, e sempre pensam em uma desgraça que poderá acontecer.
E você não precisa viver assim, tenha sua própria opinião, e mude seu modo de ver as coisas. Se formos pensar bem, tudo tem seu lado ruim, mas tenha coragem para encarar seus desafios e lutas, e confiando primeiramente em Deus, seja forte e não desista no meio do caminho como muitas pessoas. Todos temos projetos e sonhos a serem realizados, mas se já começarmos pensando no tamanho de nossos desafios, nunca conseguiremos sair do lugar. Viver de bem com a vida e ser realmente FELIZ, depende apenas de você. Você tem dois caminhos a escolher, o que te leva a verdadeira felicidade, praticando coisas boas e agrádaves aos olhos de Deus, ou aquele mais fácil que possui vários caminhos falsos, porém que apenas aparentam ser os mais bonitos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sejamos justos e não nos igualemos ao mundo!

"Quem é injusto, faça injustiça ainda: e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda”. (Apocalipse 22: 11)




Queridos, tudo bem?




Que o amor de Deus a graça e paz de Jesus Cristo e a comunhão do Espírito Santo esteja contigo e com todos os que você ama no dia de hoje e para todo o sempre.




Temos visto se concretizar nos nossos dias tanto as promessas como as advertências do Senhor, uma delas é a que esta em Apocalipse 22: 11, temos visto a violência, a falta de amor, as injustiças, etc., aumentarem assustadoramente, mas nós como cristão, filhos de Deus, não devemos temer, pois tudo esta no controle e no tempo do Senhor nosso Deus. A nossa responsabilidade é continuar em justiça e santificação para que as pessoas possam enxergar em nós a presença de Cristo. Como disse Martin Luther King Jr. "Não me assusta o grito dos maus, o que me assusta é o silêncio dos bons." Vamos fazer a nossa parte e mostrar para as pessoas que mesmo em meio a tantas coias ruins existe um povo diferente, que vive de forma diferente, um povo que não se fecha em seu próprio "mundinho", mas sai de suas comodidades para influenciar positivamente todos quantos conseguir e não se deixa influenciar pelas coisas erradas que esse mundo oferece. Isso não é fácil, mas é o correto a se fazer, e com certeza o que o Senhor espera de seus filhos.




Esta escrito na Palavra de Deus: "Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno". (I João 5: 19) Mas somos desafiados a enfrentar tudo isso com o carater de Cristo, como esta escrito: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus de paz será convosco". (Filipenses 4: 8 e 9) Eu entendo que não devemos esperar pelo governo, por entidades, ou seja lá o que for para fazer a diferença, eu não creio que nenhuma entidade ou sistema desse mundo possa mudar as terríveis situações que temos acompanhado, na verdade o Senhor Jesus nos deixou um desafio de vida para que pudessemos influenciar todos aqueles que nos cercam, esta escrito: "Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo... Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (Mateus 5: 13, 14 e 16)




A nossa parte é confiar no Senhor e nos posicionar corretamente, temos muitos textos na Palavra do Senhor (Bíblia) que garantem o nosso sucesso nessa empreitada, basta a nós fazer o que fez Isaías: "Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim." (Isaías 6: 8) E mais: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes". (Isaías 61: 1 e 2) O mesmo Espírito que estava sobre a vida de Isaías esta sobre a minha e sobre a sua vida. O Senhor nos capacitou para sermos os reconciliadores de todos os pecadores com Ele, mas temos que abrir as nossas bocas e agir conforme as verdades que o Senhor Jesus nos ensinou, veja o que Paulo ensinou: ...
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pós em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo..." (II Coríntios 5: 17 a 20)




O Senhor nos garante vitória se fizermos a nossa parte para estabelecer e engrandecer o Reino dEle aqui na terra. Esta escrito: "Mas buscai primeiro o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mateus 6: 33) E mais: "Posso todas as coisas nAquele que me fortalece." (Filipenses 4: 13) E ainda: "Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por Aquele que nos amou". (Romanos 8: 37) E também: "E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito". (Romanos 8: 28)




Nós não temos que viver sempre pensando nas dificuldades que esse mundo oferece, temos que ter a certeza que o Senhor esta conosco e nada que esse mundo tem (bom ou ruim) pode nos fazer desistir do nosso objetivo no Senhor. Nosso objetivo é permanecer santos, ter perseverança, saber que o Senhor Jesus Cristo é o nosso foco e assim estar prontos para sermos usados por Ele. Só assim teremos condições de fazer a diferença nesse mundo que ...jaz no Maligno, mas que o Senhor nosso Deus ama, pois é onde vive os seus filhos amados, entre eles eu e você. Vamos buscar a orientação do Senhor e fazer o que Ele já nos determinou a fazer, sem medo, essa é a nossa responsabilidade. Lembre-se que os nossos irmãos do primeiro século foram perseguidos, torturados e mortos, mas nunca desistiram de anunciar as Boas Novas do Evangelho e por isso estamos hoje usufluindo das bênçãos do Senhor. Que possamos viver e agir como o que esta escrito em Atos 4: 29 "Agora pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a Tua Palavra". E mesmo que soframos por viver a vontade do Senhor, vamos nos apegar a Sua promessa para a nossa vida após a nossa partida dessa terra, o Senhor declara aos que perseverarem até o fim uma maravilhosa promessa: "Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas". (Apocalipse 21: 4)




Tudo isso, aqui, escrito é para divulgar a Palavra do nosso Deus e levar a vontade dEle ao maior número de pessoas possível, que Deus através destas palavras possa mostrar a quem lê, a Sua boa, agradável e perfeita vontade, tudo isso em nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.




Para refletir;




"Ele O Senhor, pois, é aquele que vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará. Não temas, nem te espantes." (Deuteronômio 31: 8)




Deus te abençoe e a todos na sua família.




Um abraço,




Frank Medina, pastor e discípulo de Jesus Cristo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Pessoas com prazo de validade vencido!

Tô que nem o Zagalo: Vocês vão ter que me engolir!
Quem esta acostumado com uma vida vazia , cheia de traumas , fazendo intrigas com todos ,repetindo sempre  erros com os mesmos pesos e medidas de geração à geração,dificilmente nota a presença de uma boa pessoa em sua vida!Pois quem se aproxima será com certeza  explorado,pois nada  acrescentam!!.Querem que assumam problemas que eles causaram por imprudência e irresponsabilidade,pois diferente do vinho que melhora com o tempo, esse tipo de pessoa não aprendem com seus erros eles  PUTREFAM cada ano se tornam piores,com coração duro sem amor verdadeiro a ninguem só interresses .Ajudar  é procurar conselhos ,soluções concretas e trabalhar na causa! Quem quer entregar os problemas  para os outros resolverem ou mudar de espaço geográfico a situação, na realidade quer é PREJUDICAR os outros  e sair de fininho da culpa!Sejamos mais coerentes com a situação ,será que não percebem quantos erros sérios cometeram  e continuam cometendo ?Quanta pobreza de espirito!O que voces estão colhendo com isso? Satisfazem com o pior do outro é isso? O passado não voltará e toda RESPONSABILIDADE é de quem permitiu o erro.Cadê DEUS ? Procurem a igreja mais proxima e busquem ajuda , permitam serem RESTAURADOS e purifiquem o  coração antes de permitirem que o amor de Deus entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo."Se voces conhecem ou conheceram alguem com essas características sabem bem o rombo que elas deixam(ram) ;DEUS NOS CONCEDE CADA DIA PARA SERMOS MELHORES E ESPELHO DE SEU CARATER PARA AJUDAR OS IRMÃOS COM SABEDORIA!...Ter paciência para esperar mudanças e até ajudar, se isso vier a contribuir em melhorar o problema  é louvável,mas colocar a nossa família em risco pelos outros que não fazem parte do nosso ciclo de amigos e familiares ,não devemos arriscar mesmo!
E isso não é uma questão de criar caso. É uma questão de fazer valer os nossos direitos.  AJUDAR SIM, TORNA-SE ESCRAVO DOS PROBLEMAS DOS  OUTROS NUNCA!
"Deus os abençoe ricamente meus queridos!!"
Solange Fonseca




sexta-feira, 15 de julho de 2011

DIGNIDADE

Dizer sim quando quero dizer não é dar mais valor aos outros do que a mim, é não colocar meus limites, e isso é não me respeitar.. É o mesmo que dizer que o que eu sinto não vale nada, que os ouros podem passar por cima de mim à vontade. E eles passam, sem dó nem piedade.
Hoje estou aprendendo a dizer
NÃO. Quando não quero alguma coisa, simplesmente digo não. Sem raiva nem emoção. Um não é só uma negativa. É nosso limite. Um direito que temos de decidir o que desejamos ou não fazer. A isso se dá o nome de DIGNIDADE. Quando nos colocamos com sinceridade, dizendo o que sentimos, somos respeitados."
 Zíbia Gasparetto

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Família e Transtornos Emocionais

É dispensável relacionar aqui as situações familiares bizarras e extremas, capazes de prejudicar o bom desenvolvimento emocional de seus membros, incluindo os filhos, cônjuge, netos, sobrinhos e até o cachorro da casa. Normalmente essas situações dizem respeito ao alcoolismo, drogadicção, histerias de várias formas, violência doméstica, chantagens emocionais, enfim, toda sorte de excessos capazes de perturbar o bom andamento das coisas familiares.

Pode parecer estranho mas, de fato, o que interessa considerar aqui é o exercício da maldade, tortura e crueldade. Mas não se trata da maldade, tortura e crueldade clássicas e francas. Aí ficaria muito fácil diagnosticar a dinâmica familiar deturpada. Mas não, o que nos interessa é o exercício da maldade, tortura e crueldade exercidas velada e dissimuladamente. Esse tipo disfarçado de crueldade e maldade inclui toda espécie de chantagens emocionais, cerceamentos de liberdade, desrespeito, omissões e opressões que familiares dirigem uns contra os outros de forma surda, calada e, muitas vezes, socialmente irreprimível.
Esse tipo de família onde existem pessoas capazes de gerar ansiedade e mal estar emocional em outros familiares, constitui aquilo que chamamos de Família de Alta Emoção Expressa. O termo Alta Emoção Expressa foi adotada, inicialmente, para indicar características de famílias que favoreciam a recaída dos sintomas de pacientes psiquiátricos. Hoje em dia, podemos empregar o termo para designar famílias que favorecem o desenvolvimento de estados emocionais desconfortáveis.
Na maior parte das vezes, o discurso de tais famílias nos dá a impressão de que todos são ótimos e desejam ardentemente o bem estar dos demais. Mas, avaliando com mais cuidado, surdamente, nas entrelinhas e dissimuladamente, veremos que, as coisas são feitas de forma a piorar o estado emocional dos demais ou de alguém, especificamente.
Os trabalhos de pesquisa que investigam a atividade dessas famílias psicopatogênicas utilizam escalas de avaliação que privilegiam três aspectos (Entrevista Familiar de Camberwell - EFC):
1. O número de comentários críticos, mordazes, amargos ou depreciativos,
2. A presença de hostilidade, direta ou dissimulada e
3. O nível de envolvimento emocional estressante (scazufca, 1998).
A existência de famílias com características psiquiatricamente mórbidas foi suspeitada, de forma científica, em 1959. As conclusões do primeiro estudo de George Brown, em 1959, apontaram para uma possível associação entre a qualidade das relações familiares e o desenvolvimento da doença mental do paciente.
No primeiro desses estudos, Brown (1959) observou que alguns pacientes que tinham alta de hospitalização psiquiátrica e passavam a viver com os pais ou cônjuges, tinham uma evolução pior que a evolução dos pacientes que passavam a viver sozinhos. Brown achou que o “defeito” estava na família desses pacientes; e tinha razão.

As Agressões Emocionais

Agressões Emocionais são aquelas que, independentemente do contacto físico, ferem moralmente. A Agressão Emocional, como nas agressões em geral, depende do agente agressor e do agente agredido. Quando não há intencionalidade agressiva e o agente agredido se sente agredido, independentemente da vontade do agressor, a situação reflete uma sensibilidade exagerada de quem se sente agredido.
Havendo intencionalidade do agressor, o mal estar emocional produzido por sua atitude independe da eventual sensibilidade aumentada do agente agredido e outras pessoas submetidas ao mesmo estímulos, se sentiriam agredidas também.
A Agressão Emocional é especialidade do meio familiar, chegando-se ao requinte de agredir intencionalmente com um falso aspecto de estar fazendo o bem ou de não saber que está agredindo.
O simples silêncio pode ser uma agressão violentíssima. Isso ocorre quando algum comentário, uma posição ou opinião é avidamente esperado e a pessoa, por as vez, se fecha num silêncio sepulcral, dando a impressão politicamente correta de que “não fiz nada, estava caladinho em meu canto...”. Dependendo das circunstâncias e do tom como as coisas são ditas, até um simples “acho que você precisa voltar ao seu psiquiatra” é ofensivo ao extremo, assim como um conselho falsamente fraterno, do tipo “não fique nervoso e não se descontrole”.
Não é o freqüente, na família, a agressão sem intencionalidade de agredir, ou seja, a agressão que é sentida pelo agente agredido, independentemente da vontade do agressor. Normalmente, pelo fato da família ser um grupo onde seus membros têm pleno conhecimento da sensibilidade dos demais, mesmo que a situação de agressão refletisse uma sensibilidade exagerada de quem se sente agredido, o agressor não-intencional deveria ter plena noção das conseqüências de seus atos. Portanto, argumentar que “não sabia que você era tão sensível” é uma justificativa hipócrita.
As atitudes agressivas refletem a necessidade de uma pessoa produzir alguma reação negativa em outra, despertar alguma emoção desagradável. As razões dessa necessidade são variadíssimas e dependem muito da dinâmica própria de cada família. Podem refletir sentimentos de mágoa e frustrações antigas ou atuais, podem refletir a necessidade de solidariedade emocional não correspondida (estou mal logo, todos devem ficar mal), podem representar a necessidade de sentir-se importante na proporção em que é capaz de mobilizar emoções no outro.... enfim, cada caso é um caso.
Tipos de Agressão Emocional:
1 – Estimular sentimentos de preocupação, remorso e/ou culpa.
2 – Estimular sentimentos de inferioridade e dependência.
3 – Comportamento opositor e aversivo.




Agressões Emocionais na Família1 - Estimular sentimentos de preocupação, remorso e/ou culpa
Um tipo comum de Agressão Emocional é a que se dá sob a autoria dos comportamentos histéricos, cujo objetivo é mobilizar emocionalmente o outro para satisfazer a necessidade de atenção e de importância da pessoa que agride. A intenção do agressor histérico é mobilizar outros membros da família, tendo como chamariz alguma doença, alguma dor, algum problema de saúde, enfim, algum estado que exija atenção, cuidado, compreensão e tolerância (veja Transtornos Histéricos).
No histérico, o traço prevalente é o “histrionismo”, palavra que significa teatralidade. O histrionismo é um comportamento caracterizado por colorido dramático e com notável tendência em buscar contínua atenção.
Normalmente a pessoa histérica conquista seus objetivos através de um comportamento afetado, exagerado, exuberante e por uma representação que varia de acordo com as expectativas da platéia. Mas a natureza do histérico não é só movimento e ação; quando ele percebe que ficar calado, recluso, isolado no quarto ou com ares de “não querer incomodar ninguém” é a atitude de maior impacto para a situação, acaba conseguindo seu objetivo comportando-se dessa forma.
Os pacientes histriônicos exageram seus pensamentos e sentimentos, apresentam acessos de mau humor, lágrimas e acusações sempre que percebem não serem o centro das atenções ou quando não recebem elogios e aprovações. Há grande possibilidade das “doenças” do histérico piorarem quando sente que alguém da família não está reservando parte de sua vida para preocupar-se com ele, quando alguém está se preparando para passear, sair, divertir-se.
Representar papéis é a especialidade mais meritosa da pessoa histérica, assim sendo, com muita propriedade, ela representa a mãe zelosa e preocupada, podendo estar sofrendo do coração, piorando quando fica “nervosa”, “passando mal” quando contrariada ou preocupada, e assim por diante.
Essa tentativa (e sucesso) da pessoa histérica em conseguir quase tudo através da mobilização emocional dos demais membros da família causa, cronicamente, um expressivo Sofrimento Emocional. O sentimento de culpa aparece quando alguém percebe que o histérico da família “adoeceu” por sua causa.
Se forem os pais os histéricos, normalmente tendem a chamar atenção quando o(s) filho(s) saem, arranjam namorado(a), deixam de cumprir seus compromissos, se comportam de maneira não esperada, etc. A postura histérica, com suas características de somatizações, surge ainda quando não há reconhecimento festivo de seus esforços para manter a família, da maneira heróica com que lidam com a vida.
Os sintomas histéricos acabam resultando em sentimentos de culpa ou remorso quando, sabidamente, aparecem se a pessoa ficar contrariada. Os familiares acabam sabendo que aquele mal estar e sofrimento da pessoa doente poderiam ser evitados se a pessoa não se aborrecesse, se todos não a deixassem nervosa.
Sendo histéricos os filhos, a teatralidade aparece como justificativa, mais que plausível, pelos fracassos e falhas do cotidiano, pela impotência na solução dos problemas e eventuais insucessos. Para melhor clareza das atitudes histéricas e sua relação com a busca de solidariedade e apoio por parte dos outros membros da família, veja o seguinte exemplo:
A paciente X queixa-se, logo que entra no consultório:
- Doutor, essa noite não dormi e não deixei ninguém dormir.
- Porque? Perguntei, já imaginando a resposta.
- Sentia dores pelo corpo e um mal estar esquisito...
Tentando um misto de ironia e correção, arrisquei...
- Então, depois de ter acordado a todos, suas dores melhoraram.
- Não. Continuei sentindo mal até de manhã, como vem acontecendo há muito tempo.
- Mas então, porque acordou a todos se as dores e o mal estar, como de costume, não melhoram quando você acorda todo mundo?
Sem pensar ou, pior, com a crítica ofuscada pelo egoísmo típico dos histéricos, respondeu:
- Mas o senhor queria, então, que eu sofresse sozinha?
Na prática clínica vemos, ainda, casos curiosos onde a esposa adoece cada vez que o marido agenda uma pescaria, ou na hora do jogo de futebol com os amigos... Também o homem passa mal quando tem contas a pagar, é demitido, não consegue resolver problemas do cotidiano, etc (veja mais: somatização, homens histéricos) Esse tipo chantagista e histérico de produzir Agressão Emocional pode ocorrer de vários modos. Tem aqueles casos de manipulação clássica e franca, onde o agressor é capaz de falar claramente coisas do tipo “você vai acabar me matando...”, “não dormi a noite toda esperando você chegar...”, etc.
Existem, por outro lado, os agressores que não falam mas sugerem continuadamente e com muita eficiência tudo aquilo que querem transmitir. Comportam-se “doentemente”, colocam a mão no peito para sugerir dor no coração mas, perguntados se sente alguma coisa, apressam-se a dizer que não. Na realidade estão torturando os outros duas vezes; primeiro por deixar todo mundo apreensivo sobre essa misteriosa dor no peito, e em segundo, por transmitir a impressão de que não se queixam, logo, nunca saberão se está com dor ou não.
Existem ainda aqueles que se comportam placidamente, resignadamente, “quietinhos em seu canto”, deixando claro seu mal estar e profundo aborrecimento com alguma coisa que está ocorrendo no lar. Esses são piores porque querem que todos saibam o que estão querendo sem que tenham de dizer.
Estimular sentimentos de preocupação, remorso e/ou culpa pode aparecer em pais nas seguintes diante (entre outras) das seguintes situações que envolvam:
· Noras ou genros não plenamente desejados;
· Filhos ou filhas que preferem (naturalmente) a convivência com o cônjuge;
· Filhos ou filhas que saem muito à noite;
· Filhos ou filhas que bebem ou usam drogas;
· Maridos que saem muito;
· Maridos que bebem;
· Maridos que vão pescar com amigos;
· Maridos que vão pescar;
· Esposas que gastam muito;
· Na falta de colaboração de todo mundo para afazeres domésticos...
Estimular sentimentos de preocupação, remorso e/ou culpa pode aparecer em filhos nas seguintes diante (entre outras) das seguintes situações que envolvam:
· Reprovação na escola;
· Acidente de carro;
· Falta de iniciativa para arranjar emprego;
· Ciúme dos irmãos;
· Separação do(a) namorado(a);
· Fracassos em geral...


2 – Estimular sentimentos de inferioridade e/ou dependência.
Fazer o outro se sentir inferior e/ou dependente é um dos tipos de agressão dissimulada mais terríveis. A mais virulenta atitude com esse objetivo é fazer tudo corretamente, não com o propósito de ensinar, mas para mostrar ao outro o tamanho de sua incompetência.
Normalmente é o tipo de agressão dissimulada pelo pai em relação aos filhos homens, quando esses não estão saindo exatamente do jeito que o pai idealizou. Alguns comentários “inocentes” e falsamente destinados à orientação paterna podem ser do tipo:
· Na sua idade eu já era...
· Deixa que eu faço, meu bem (enfatizando o ‘meu bem’)
· Você não tem noção sobre isso, mas não é sua culpa...
· Sabia que iria acontecer isso...
· Gostaria que você fizesse só isso para mim, só isso...
A atitude do agressor que faz sentir inferior e/ou dependente, além da agressão verbal irônica e mordaz, também pode ser através de atitudes que sugerem ter resolvido tudo de forma “natural”, sem esforços.
Essa atitude é costumeiramente reforçada com postura autoritária e imperiosa, como se o outro tivesse que pagar, por sua inferioridade e dependência, através da obediência e solicitude. Dessa forma o agressor procura ser tratado “com tudo nas mãos”, exigindo que os outros o atendam serviçalmente.




3 - Comportamento opositor e aversivo
Outro tipo de Agressão Emocional é o comportamento de oposição e aversão. As pessoas que pretendem agredir se comportam contrariamente àquilo que se espera delas. Demoram no banheiro quando percebem que se espera que saiam logo, deixam as coisas fora do lugar quando isso é reprovado, etc. Até as pequenas coisinhas do dia-a-dia podem servir aos propósitos agressivos, como deixar uma torneira pingando, apertar o creme dental no meio do tubo e coisas assim. Mas isso não serviria de agressão se não fossem atitudes reprováveis por alguém da casa.
Esses agressores estão sempre a justificar as atitudes de oposição como se fossem totalmente irrelevantes, como se estivessem corretas, fossem inevitáveis ou não fossem intencionais. Entretanto, sabendo que são perfeitamente conhecidos as preferências e estilos de vida dos demais, atitudes irrelevantes e aparentemente inofensivas podem estar sendo propositadamente agressivas.
Enfim, as agressões emocionais do tipo Comportamento Opositor e Aversivo são variadíssimas, de acordo com as características de cada família. E nem sempre é apenas a atitude ativa que agride. A não-atitude também pode ter propósitos agressivos; o silêncio e o emudecimento podem agredir, assim como a apatia, a omissão, desinteresse e o não-fazer-nada.
Algumas pessoas têm a incrível necessidade de provocar emoções negativas nos outros quando, elas próprias, estão emocionalmente complicadas. É como se “o condenado se consolasse na dor do semelhante”. Assim sendo, quando essas pessoas estão irritadas, magoadas, contrariadas, será muito pior sua irritabilidade, mágoa e contrariedade se não tiverem, ao seu redor, pessoas com iguais ou piores sentimentos.
A maior evidência de que os comportamentos opositores são agressivos na medida em que causam mal estar emocional no outro, é a ausência deles na ausência do espectador que se quer agredir. Um marido irritado, por exemplo, que chega em casa de péssimo humor e, descontente com a comida, atira o prato o chão, jamais teria esse comportamento se estivesse sozinho em casa ou se não houvesse perspectiva de vir alguém para assistir a cena ou os cacos do prato no chão.
Os agressores emocionais de oposição e aversão costumam ter frases costumeiras, como por exemplo as do tipo:
· Mas porque sou eu quem tem de mudar?
· Será tão difícil ter um pouco de paciência comigo?
· Acho que deveriam cuidar de suas vidas e deixar eu cuidar da minha.
· Nessa casa sempre fui tratado de maneira diferente.
· Porque meu irmão pode fazer isso e eu não?
· Os incomodados que se mudem...
No caso da agressão que estimula remorso e culpa os agressores são, predominantemente, mulheres (mães e irmãs, nessa ordem), mas na agressão de oposição e aversão os homens são mais capazes.
Em relação às pessoas que fazem tratamento psiquiátrico as agressões emocionais intrafamiliares têm características especiais. Nesses casos, aplica-se perfeitamente o conceito que se tem sobre famílias de Alta Emoção Expressa, visto acima.
Para essas pessoas, normalmente, as agressões emocionais aparecem sob a forma de falsos conselhos bem intencionados. De fato tais conselhos têm objetivo de censurar, repreender, diminuir, envergonhar, humilhar, culpar, constranger, enfim, a intenção real de causar dor moral no outro. Um agravante e a sempre presente consciência do agressor sobre os efeitos reais de seus comentários, embora diga que “eu apenas disse que...” ou “não sabia que você era tão sensível, desculpe”.
Vejamos alguns poucos comentários pinçados no cotidiano que, muitas vezes, os familiares de pacientes psiquiátricos fazem, motivados pela intenção de agredir dissimulada através de comentários “inocentes”.
· Você deve reagir, ter pensamentos positivos, fortes...
· Sua irmã sim, tem a cabeça boa.
· Acho que se você se ocupasse de alguma coisa...
· Já passei por situações piores e nunca fiquei assim, como você.
· Acho que seu remédio não está fazendo efeito.
· Não te contei porque você não pode passar nervoso.
· Veja como seus irmãos se comportam e procure fazer o mesmo.
· Não posso me dar ao luxo de ficar doente como você.
· Se você tivesse metade de minhas preocupações...
· Se alguém nessa casa faz tratamento, não sou eu...
· Por causa de seu nervoso, daqui pra frente não conto mais nada pra você...
· O médico disse pra eu ter muita paciência com você.
· ... mas para sair de casa você está normal, não é?
· ... se um dia você ficar normal eu prometo que...
Finalizando, é bom ter em mente que o bem estar psicológico dos membros da família não depende apenas da sucessão de eventos proporcionada pelo destino, não apenas das adversidades materiais mas, sobretudo, da intencionalidade expressa ou dissimulada de agredir os demais.
Fonte: Psqweb